Thursday, September 14, 2006

Champions League: FC Copenhaga 0-0 Benfica

O xadrez de... Copenhaga

Calculista. Paciente. Lento, demasiado lento e sem grandes riscos. Este foi o jogo que o Benfica fez em Copenhaga, ou melhor, escolheu fazer. Bem à imagem de um confronto de... xadrez, mas sem alternancia de iniciativa. Se bem que este famoso jogo de tabuleiro ainda consegue ter momentos de maior emoção (e em menos tempo) ...
Depois da (pesada) derrota contra o(s) (a)xadrez(ados) do Bessa, os 'encarnados', apesar de ter jogado um pouco melhor, parecem ainda não terem ultrapassado tal desaire. Fernando Santos, um 'jogador' que pouco arrisca, mudou algumas das 'peças' (Alcides, Ricardo Rocha, Nuno Assis e Paulo Jorge entraram de início) e contou (pela primeira vez esta temporada) com a "Dama" (peça mais valiosa no xadrez) do plantel: Simão Sabrosa. Depois de gorada a mudança para Valência e debelada uma lesão antiga, o capitão benfiquista entrou, finalmente, no "tabuleiro" de Fernando Santos. Mas não foi um regresso tão brilhante quanto aquilo que já nos habituou mas, mesmo assim, cotou-se como um dos mais activos. Desde o início do confronto que se percebeu que o Benfica pouco iria arriscar e pouco pretendia avançar no tabuleiro (leia-se, relvado). O Copenhaga também não o 'espicaçou', o que fez que, em certos períodos, o jogo provocasse um certo bocejo a quem assistia e, passo o exagero, aos próprios jogadores(digno das piores partidas de xadrez). Os dinamarqueses, talvez por estarem equipados de branco (no xadrez, as peças brancas iniciam obrigatoriamente a partida), entraram motivados e dominaram os primeiros minutos. A equipa 'encarnada', ao longo da 1º parte, parecia demasiado fria, apática e tímida. As 'peças' mais recuadas eram as que mais intervinham. Nesta partida, ao contrário do que acontecera no Bessa, mantiveram-se sempre seguras e com um bom entendimento. O Copenhaga não conseguiu entrar muitas vezes na área encarnada e só fora desta é que criou perigo. Simão bem que podia ter chegado ao outro lado do 'tabuleiro' com êxito, mas o auxiliar fez-o recuar, anulando (mal) a jogada por pretenso adiantamento. Antes do (desejado) intervalo, destaque para a saída (por lesão) de Gronkjaer, numa jogada em que esteve perto de facturar. Finalmente o descanso! Não que a partida tivesse agitada ao ponto de ter esgotado os jogadores ou, quem sabe, cansado a vista de quem assistia, mas porque o Benfica precisava de uma pausa... para acordar de vez! Faltavam ideias e, sobretudo, atrevimento. E foi isso que aconteceu. Mas em quantidades reduzidas. Na 2º parte inverteram-se as posições e foram os 'encarnados' a pegarem mais no jogo. O Copenhaga já só mexia as 'peças' com cuidado redobrado e só em contra-ataque chegava à area contrária. E foi assim a 2º parte. Muita luta, mas sem resultado prático. Aos 75 min. surgiu a verdadeira oportunidade do "Xeque-Mate" benfiquista. Paulo Jorge depois de receber a bola, baralhou dois adversários e, à entrada da área, acertou no poste. Nada feito. O Benfica não fez por merecer a vitória e, na única vez que a tentou, não teve sorte. A única sorte do Benfica foi não ter à sua frente um "Kasparov" do futebol. Até ao final conseguiu ter sempre maior posse de bola... na defesa. Nada a fazer. O empate era consolador para o lado 'encarnado'. E foi isso que conseguiram (porque o quiseram).
Resta agora esperar pelos próximos desafios para sabermos se o Benfica conquistou em Copenhaga um ponto, ou perdeu dois.
Agora, venha o Manchester...

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