Tuesday, September 26, 2006

4ª Jornada da Liga: Paços de Ferreira 1-1 Benfica

"Paços" em falso

O Benfica voltou a fazer marcha-atrás no campeonato esta época e muito por culpa própria. Depois (e mesmo antes) de se ter posto em vantagem, dominou e controlou o jogo durante quase a totalidade dos 90 minutos, mas... faltavam os descontos. E foi aí que cedeu.
Com Miccoli no lugar de Fonseca (a única alteração em relação ao último jogo), a equipa perdeu altura no ataque, mas seria bem compensada com a (grande) mobilidade dos alas e dos médios. Mesmo com um terreno muito pesado, Simão e Paulo jorge (com a ajuda de Léo) deram muito trabalho aos defesas pacences, tendo o extremo ex-Boavista se destacado particularmente. Simão foi o primeiro a disparar contra Peçanha, mas este protegeu-se bem. O Paços de Ferreira apenas assustou Quim quando, numa inesperada bomba a 30 metros da baliza, Elias obrigou o guarda-redes 'encarnado' a uma vistosa defesa. Os gregos Karagounis e Katsouranis bloqueavam bem no meio-campo benfiquista e ainda ajudavam na saída para o ataque. E foi numa dessa fugas que Katsouranis (que veio com rótulo de goleador da Grécia) aproveitou (mais) uma excelente iniciativa do irrequieto Paulo Jorge para inaugurar o marcador. O extremo não gosta de jogar a passo, muito pelo contrário, a maratona parece ser a sua especialidade. Na última vintena de minutos da 1º parte, nada de relevante se passou, apesar dos 'encarnados' não terem deixado de ameaçar os homens da casa. No reinício da partida, Miccoli podia ter dado outro rumo ao encontro, mas a baliza de Peçanha pareceu pequena demais para ele. A equipa da capital do móvel transpirava pouca inspiração e era bem anulada pela defesa benfiquista. Aos 53 min., Léo viu-lhe ser marcada uma falta por (pretenso) empurrão e de imediato foi pedir explicações ao árbitro auxiliar, que de seguida fez sinal ao principal para este admoestrar o lateral. O brasileiro decidiu que era altura para uma ovação ao árbitro. Este ("reconhecendo" humildemente que nunca a merecerá...) repetiu o gesto e mandou-o para os balneários, obrigando-o a permanecer no sofá (oriundo de Paços de Ferreira?) na próxima jornada. Miguelito viria a 'sacrificar' Manú, que havia entrado na 1º parte para substituir o lesionado Nuno Assis. A partir deste momento, o Paços veio para a frente, mas o "chuveirinho" era o método escolhido, ou melhor, era o único permitido pelos 'encarnados'. Mas com os inconsequentes ataques pacences, a vitória do Benfica parecia cada vez mais certa e, diga-se, justamente. A confiança no triunfo aumentou ainda aquando da expulsão de um defesa da equipa da casa. Luiz Carlos (inspirado pelo acto do seu parceiro Ronny na jornada passada) talvez tenha sofrido uma compensação (por causa da expulsão de Léo) da parte do árbitro, quando cortou um lance de contra-ataque com o braço. Dez contra dez. Nos últimos 15 minutos, o Benfica desperdiçou duas excelentes ocasiões para acabar com a partida. Primeiro Luisão, depois Katsouranis, acertaram no mesmo poste. Duas falhas no ataque que deram uma réstia de esperança aos pacences na busca do empate. Os 90 minutos tinham terminado, mas (como é normal) haviam mais uns poucos de compensação. E no primeiro desses minutos, mais uma falha... desta vez na defesa. Anderson deixou João Paulo antecipar-se e fazer o golo do empate. Um golo permissivo, mas ao mesmo tempo injusto para o Benfica e... para o Paços de Ferreira que pouco fez para o merecer. Os ‘encarnados’ desperdiçam inúmeras changes para alargar a vantagem e dominaram o jogo, mas pecaram num momento que acabou por ser decisivo, dando mais um passo atrás quando podia ter andado para a frente.
Agora vem aí o Manchester, mas sinceramente: é o melhor adversário que podia vir nesta altura...

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