Champions League: Benfica 0-1 Manchester United
60 minutos....
..... de futebol, maioritariamente futebol pressionante. 60 minutos de domínio, de controlo total da partida. 60 minutos de coragem e garra. 60 minutos de Karagounis no jogo (após a sua saída a equipa nunca mais foi a mesma). 60 minutos de Benfica. 60 minutos sem Manchester (falta de ideias, por ser bem pressionado e apenas com Ronaldo em destaque). 60 minutos de "SLB, SLB, Glorioso...." nas bancadas. 60 minutos de esperança na repetição da vitória da época passada. Mas 60 minutos... não chegaram.
Pois é, foi assim a noite do Benfica no Estádio da Luz: "muita parra, pouca uva". Vontade não lhe faltou, faltou sim a concretização... até ao golo de Saha, porque a partir daí os 'encarnados' "morreram". Os primeiros minutos até foram de maior posse de bola dos ingleses, dando o Benfica a entender que iria espera-los no seu meio-campo, entregando-lhes a iniciativa do jogo. Mas foi sol de pouca dura. Rapidamente os homens da casa começaram a pressionar os visitantes bem depois do meio-campo. Estes, pouco evoluídos tecnicamente nos elementos mais recuados, não tinham outra solução que mandar a bola para fora ou recorrer à falta. Karagounis deu o primeiro aviso com um remate que acabou por sair um pouco fraco. O Benfica empolgava-se e controlava a partida. O Manchester só esporadicamente (quando conseguia colocar as bolas em condições nos homens mais avançados) é que passava do centro do terreno, mas daí pouco avançava. Só Ronaldo é que tentava pegar no jogo e levar (em contra-ataque) a equipa para a frente. Foi numa dessas tentativas que acabou por rematar, para Quim defender para a frente, mas Saha não aproveitaria. Ao minuto 26, Nuno Gomes, após uma recuperação de Paulo Jorge (fruto da alta pressão benfiquista), a passe de Karagounis surgiu isolado à entrada da área, mas o remate seria empurrado para canto por Van der Sar. Era o auge do domínio 'encarnado'. O Manchester continuava expectante e o Benfica mostrava muita vontade, mas faltava a capacidade de surpreender, o que acabaria por resultar em poucas oportunidades claras de golo, apesar do ascendente ofensivo. O jogo arrastava-se, os mais de 55 mil benfiquistas puxavam pela equipa, mas até ao intervalo não mais surgiu um lance de perigo. O início da 2º parte continuou a ser dominado pelos 'diabos vermelhos' portugueses, mas já não era tão acentuado quanto o da primeira metade. Falhavam-se mais passes e os lances de ataque eram cortados mais longe da baliza dos ingleses. Estes continuavam a ter em Ronaldo o único caminho válido para a baliza de Quim. E foi mesmo no português mais assobiado da noite que a "morte" benfiquista começou. Petit rematara à baliza, mas num ápice Ronaldo fez chegar a bola a Saha que, aproveitando a passividade de Anderson, fez o único golo do encontro. A Luz gelou. Os ingleses pouco (ou nada) tinham feito para chegar à vantagem, mas, na melhor situação que criaram até então, revelaram-se eficazes, ao contrário do Benfica. Nuno Assis e Miccoli substituiriam Karagounis e Paulo Jorge. A partir deste momento o jogo foi outro. O Benfica já não dominaria a seu belo prazer, e os ingleses acabariam por criar as melhores situações de golo. A grande maioria dos adeptos benfiquistas, mais preocupados em vaiar Ronaldo, pouco mais ajudaram. Assobiar não ajuda, muito pelo contrário, e faltar ao próximo jogo também não. Enfim... Já perto do final, Quim mostrou porque é o melhor jogador do Benfica no momento. Defendeu três remates (dois deles à queima-roupa) resultantes do mesmo livre. Até final, a equipa de Fernando Santos não mais se encontraria e todo o esforço despendido ao longo do jogo (principalmente na 1º parte) acabaria, diga-se, injustamente desvalorizado.
Apesar desta (injusta) derrota nada está perdido, mas há que arrepiar caminho e já na próxima ronda, em Glasgow, pelo menos pontuar. "Glorioso SLB, Glorioso SLB..."!!
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