7ª Jornada da Liga: Benfica 3-1 E.Amadora
Cartão de (não) visita
O Benfica presenteou os milhares de adeptos nas bancadas com uma vitória clara por 3-1, e foi presenteado pelo juiz da partida com cartões... amarelados, principalmente. Muitos! Demasiados para uma partida que não teve, de longe, lances a roçar a violência. No total foram mostrados 18 cartões, 15 amarelos e 3 vermelhos, para ser mais exacto.
Com nova troca no lado direito da defesa (Nélson por Alcides), o Benfica desde cedo deu as boas-vindas ao Estrela.... com ataques bem perto da baliza de Paulo Lopes. Com um adversário acanhado, os alas tinham espaço suficiente para subir no terreno e auxiliar o ataque. Mas o minuto 13 foi mesmo de azar... para o Benfica. Dário fez questão de cumprimentar Quim com um golo no primeiro remate à baliza resultante de um canto. O Estrela estava em vantagem, mesmo não tendo feito nada para o merecer. Os adeptos benfiquistas ficaram, por certo, mais tensos e preocupados, visto a equipa vir da pesada derrota de Glasgow, mas essa tensão não se fez notar nos jogadores. A pressão aumentou depois do golo sofrido. Katsouranis avisou o guarda-redes estrelista, Nuno Gomes segui-lhe as pisadas, mas foi Simão que aos 21 minutos assustou mesmo Paulo Lopes: após cruzamento de Nélson, o capitão benfiquista, isolado, "preferiu" oferecer a bola aos adeptos que se encontravam atrás da baliza. Mas passados 10 minutos, Miccoli (mais uma vez) descansou tudo e todos (do Benfica, claro). O italiano aproveitou uma insistência de Katsouranis para encostar facilmente a bola para o fundo das redes. Estava restabelecida a verdade, ou melhor, metade dela. A outra viria na segunda parte.... Satisfeito com a igualdade, o Estrela da Amadora uniu-se lá atrás, formando um bloco que viria a ser destruido aos 52minutos. Nélson, neste jogo endiabrado, rompeu pela direita e só foi travado, já dentro da área, em falta por Pedro Simões. O estrelista viu o segundo amarelo e despediu-se dos seus companheiros. Simão, tranquilo, pôs, justamente, o Benfica em vantagem e empurrou ainda mais a equipa para a frente. Foi, sem dúvida, a melhor fase "encarnada" no jogo. Simão tentou bisar através de um chapéu, mas a bola não quis nada com a baliza. No minuto 68, Miccoli vê, injustamente, ser-lhe tirado um fora-de-jogo e... leva cartão amarelo, por pretensos excessivos protestos. Na altura, o italiano era mais um dos amarelados da noite, num critério, no mínimo, confuso do árbitro do jogo. O Benfica continuava a atacar, mas não marcava. O russo Karyaka voltou a jogar no Estádio da Luz. A 8 minutos dos 90, Miccoli recebeu mais dois cartões... Depois de sofrer uma falta, o italiano vê ser bem assinalada a infracção, mas o árbitro do jogo, talvez sedento do chá que, findado o jogo, iria tomar (onde, e com quem não sabemos...), achou por bem oferecer um cartão de... não visita ao Dragão a Miccoli. Com tantos cartões mostrados (18!!), o italiano acabou por ser o benfiquista mais prejudicado com o "cartão visa" mais recheado do senhor Xistra.... Dez para dez, mas o mesmo sentido do encontro: a baliza estrelista. E foi no minuto 90 que tudo se resolveu. Karyaka, esse mesmo, voltou a repetir o feito da época passada: marcar ao Estrela na 'Catedral'. Um bom golo, após uma boa jogada na esquerda. O jogo acabaria pouco depois, e os cartões, como é óbvio (ou não), também.
O Benfica visita agora o Porto, esperando-se que, com ou sem Miccoli, com ou sem RuiCosta e Karagounis, com ou sem Xistra, com ou sem adeptos seus nas bancadas, presencie o campeão nacional com um cartão.... de melhoras.
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