Saturday, October 21, 2006

Champions League: Celtic 3-0 Benfica

You´ll Never Walk Alone!

Foi com este hino (único, imortal e arrepiante) que começou a noite negra do Benfica em Glasgow, e é inspirado nele que devemos olhar para a frente e continuar a acreditar. Esta derrota inesperada (principalmente pelos números) compremeteu (e muito) a passagem aos oitavos-de-final da 'Champions', mas os próximos dois jogos na Luz podem dar uma nova esperança de apuramento, que pode concretizar-se em Manchester, no último jogo desta fase. Este encontro com o Celtic já se previa difícil, pois a ajudar os escoceses estavam 60 mil almas, já conhecidas por não se fartarem de apoiar a equipa. E não desiludiram. Foi, de facto, um ambiente arrepiante aquele que se viveu no Celtic Park.
Com uma única alteração em relação ao ultimo jogo (Alcides por Nélson), com o objectivo de ganhar altura na defesa, O Benfica entrou acanhado e expectante. O Celtic, como se previa, iniciou o jogo muito pressionante e a todo gás. Marcar um golo cedo era o objectivo dos escoceses, mas Quim segurou o empate ainda o relógio não tinha chegado aos 5 minutos de jogo. Quim opôs-se muito bem a um remate à meia volta de Maloney. Para esteria dos "católicos" na bancada, o Celtic criava alguns lances de perigo na área benfiquista, mas para felicidade "encarnada", nunca teve sucesso. A pressão escocesa foi diminuindo, e o Benfica foi subindo no terreno. A equipa de Fernando Santos já trocava mais a bola e, aparentemente instruida para isso, tentava rematar de onde pudesse. Exemplos disso foram os disparos de meia-distância de Miccoli, Katsouranis, Petit, Nuno Assis e até de Léo. Nesta fase final da 1ª parte, o Benfica já dominava o encontro, embora sem grandes changes de golo. A única verdadeira oportunidade, digna desse nome, aconteceu ao minuto 40. Simão e Léo entenderam-se bem na esquerda, o lateral cruzou ao 2º poste para Katsouranis, mas o grego não concluiu da melhor forma. Esta viria a ser a grande ocasião de golo do Benfica em todo o jogo. O intervalo chegava pouco depois. O final da 1ª metade deixava antever uma segunda mais renhida e um Benfica mais pressionante. O reinicio do jogo confirmava as melhores expectativas: o Benfica estava mais solto e com menos receios. Simão, através de um livre, assustou Boruc, mas não o suficiente para o fazer buscar a bola ao fundo das redes. Mas a verdade é que o Celtic pareceu acordar novamente, e passou a jogar mais rápido, chegando, outra vez, mais perto da baliza de Quim. Num dos muitos centros perigosos que fizeram para a área benfiquista, os "católicos" marcaram. Miller aproveitou bem uma remate falhado de Nakamura para inaugurar o marcador e deixar o Benfica de rastos. Era o principio do fim "encarnado". Apesar do golpe, o Benfica inda assustou novamente por intermédio de Nuno Assis. O '25' da Luz acertou com estrondo na barra após remate à entrada da área. Mas, num contra-ataque, Miller bisou. Uma jogada onde ficou bem patente a lentidão da defesa "encarnada" em recuar. O jogo estava praticamente resolvido. Fernando Santos ainda lançou Nélson e Fonseca, mas o Benfica já não conseguia reagir. Simão bem tentou levar a equipa para a frente com vários cruzamentos perigosos para a área, mas nada feito. Ainda assim Léo voltou a ameaçar o guarda-redes contrário com um remate a rasar o poste. E no ataque o Celtic... marcava. O recém entrado no jogo Pearson conclui uma boa jogada atacante dos escoceses. 3-0 muito pesados para um Benfica que acabou por pecar na finalização, sendo penalizado por isso.
A esperança é a última a morrer. O percurso (da fase de grupos) vai a meio, esperando-se agora que no segundo confronto com os escoceses e na (também) recepção ao Copenhaga, o Benfica tenha mais sorte e.... consiga mais pontos, como é óbvio. Só assim é que podem chegar a Old Traford com a esperança de chegar à próxima fase.

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