Wednesday, November 08, 2006

9ª Jornada da Liga: Setúbal 0-3 FC Porto

Rapidinha

Um, dois....três! Assim se fez, mais uma vez, o resultado do Futebol Clube do Porto. Um dragão guloso devorou, sem apelo nem agravo, o Vitória de Setúbal, qual presa de estirpe frágil. O jogo foi fácil, muito fácil, facílimo, até. E os dois primeiros golos foram rápidos, muito rápidos, rapidíssimos, mesmo. Os superlativos de 'fácil' e 'rápido' são demonstrativos do grau patenteado pelo FCP, ao longo do jogo. Jesualdo colocou Jorginho no onze, em detrimento de Meireles. Isto para além de Fucile ocupar o lado esquerdo da defesa, o que já tinha acontecido na Alemanha. Deu-se bem o técnico dos Campeões Nacionais. Jorginho imprimiu um maior vigor e dinamismo ao futebol dos portistas. Aos 7 minutos, já o Porto tinha arrumada a questão do vencedor. O resto do desafio foi simplesmente uma recreação azul e branca. Golo 1: Quaresma na esquerda trabalhou bem sobre Veríssimo e Janício, cruzou para a área e, ao segundo poste, Lisandro marcou de cabeça. Golo 2: Jorginho senhor da bola, correu com ela alguns metros até a colocar em Postiga. O internacional português mirou a baliza e mandou um 'bilhete' que tinha as redes da baliza de Nélson como destinatário. 7 minutos de jogo e a história da partida estava contada! O Porto procurou (e conseguiu) ter mais oportunidades para marcar, mas como o adversário já estava estendido no tapete completamente K.O., a 'pica' não era mais a mesma. Só assim se explicam perdidas como as que aconteceram nos minutos 17, 32, 58, 60, 87 ou 90!!! Só alguns se podem dar ao 'Lucho' de falhar escandalosamente. E foi isso mesmo que o Capitão portista fez, após uma soberba assistência de Quaresma. Que desperdício! De seguida, o árbitro mandou toda a gente fazer um intervalo, mas bem que podia mandar tudo para casa. Nesta partida, o Harry Potter deliciava-se a experimentar novos truques e nem dava pelo passar do tempo de tão entretido que estava, qual puto reguila a jogar no recreio da escola. Ninguém demovia o 7 portista a abandonar o 'gramado' do Bonfim, sem que antes o jogo fosse dele. E seria o próprio a assinar a página mais bonita deste capítulo, ao 77º minuto. Golo 3: livre a castigar os sadinos, com Quaresma a encarregar-se da cobrança da falta. Fitou Nélson, concentrou-se na bola, chutou-a e de seguida.......foi vê-lo a correr em direcção a Vitor Baía. Golaço!!! Pouco tempo depois de num Clássico italiano, o Nápoles-Juventus, Del Piero ter executado primorosamente um livre directo, a inspiração atravessou rapidamente fronteiras até chegar às narinas de Ricardo Quaresma. Magistral a execução do português, como havia sido, momentos antes, a do italiano da Juventus. Com a aplicação da chapa 3 e com Quaresma a inscrever o seu nome na posição cimeira da ficha de jogo, o mesmo podia terminar. Descanso seja dado a quem tão brilhantemente concluiu um ciclo difícil, que redundou em 4 vitórias e 1 empate. E confirma-se: da dificuldade à glória é mesmo só um instantinho!

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