11ª Jornada da Liga: Belenenses 0-1 FC Porto
Q.b.
O Futebol Clube do Porto visitou o belíssimo Estádio do Restelo e arrancou um importante triunfo. O Estádio do Belenenses merecia mais público para assistir à recepção do Campeão Nacional. É uma pena constatar que são cada vez mais os estádios com cadeiras vazias. Um clube histórico como é o Belém devia ter uma base popular muito mais significativa e frequentadora do seu recinto. Quanto ao que se passou no relvado, o Porto fez uma exibição quanto baste para conseguir os três pontos perante um opositor muito pouco ambicioso. De facto, o Belenenses limitou-se a suster a investida ofensiva do FC Porto. Só de quando em vez é que Zé Pedro, o melhor elemento dos lisboetas, tentou com remates de longe incomodar Helton. De resto, o Belém foi uma sombra. Por seu turno, o Porto entrou em campo ainda 'inchado' pela brilhante vitória em Moscovo. Se na Rússia aliou uma espantosa exibição com um fantástico resultado, o Porto, nesta partida da Liga Portuguesa, limitou-se a cumprir a obrigação de vencer. Depois da saborosa vitória diante do CSKA, o Porto pareceu não querer exagerar na exibição, sob pena de habituar mal os seus adeptos. Obviamente que qualquer 'torcedor' salivava por um ataque feroz aos pastéis de Belém. Mas o Porto consciencializou-se de que um simples pastel era mais do que suficiente para adoçar a boca e confortar o estômago. Achou por bem não exagerar nas exibições açucaradas e concentrar-se na objectividade do resultado. Ok, há que manter a linha e a distância em relação aos adversários, não vão eles pensar que isto é fácil. Logo ao minuto 8 o Porto fez golo. Porém, o árbitro também se quis armar em 'pastel', já não bastavam «Os Belenenses». Num canto directo de Quaresma, o guarda-redes Marco sacodiu a bola já depois desta ter entrado na baliza. O lance prossegiu com Postiga a falhar incrivelmente a recarga e com Gaspar a aliviar para canto. Em vez de um golo, foi atribuído um canto ao Porto. Ok, a gente habitua-se, agora que até tomámos o gosto aos cantos. Exemplo disso é o minuto 19. Quaresma cobrou o canto, confusão na área do Belém e Pepe rematou de primeira à trave da baliza de Marco. Finalmente, o golo surgiu ao minuto 41. Assunção devolveu uma bola para a área do Belém, aliviada pelos defesas do Restelo. Estes apressaram-se em subir no terreno para deixarem os portistas em fora-de-jogo, mas esqueceram-se de Bruno Alves, que estava em posição legal. O central pressionou Marco e a bola sobrou para Postiga que só teve de empurrá-la para a baliza deserta. O resto do jogo foi muito monótono, sem lances muito vistosos ou situações de real perigo para as balizas. O Porto venceu justamente e não necessitou de abusar na exibição para vencer um Belenenses muito sensaborão. Estão garantidos mais três pontos que servem para consolidar a liderança azul e branca. E no próximo Sábado há derby tripeiro!...